A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Meu Diário
20/01/2010 08h39
Homenagem dos directores e comando dos Bombeiros
Quadras que dediquei aos presentes no dia 13 de Janeiro de 2010

Dr. Neto, presidente
Nos sócios tem de ter mão
Democrata, firmemente
Exerce sua função
 
Dr. Gil, jovem jurista
Muito pode à causa dar
E, por ser sportinguista,
Como um leão, labutar
 
Manuel Ferreira, doutor
Por que não? Como os demais!
Suaviza tanta dor
Com suas credenciais.
 
O meu amigo do peito
Dr. Asuil Dinis,
Considero-o, a preceito,
O melhor deste país
 
Balsemão, meu sucessor
Nestes dias tão ufanos
Nunca esqueça por favor
Que os recursos são humanos
 
Fernando, jovem doutor
Ficou homem da tesoura
Tem de ter muito rigor
Na mais difícil lavoura
 
Carvalho, meu bom amigo
Tirsense pelos cotovelos
É verde até ao umbigo
Mas já foi dos amarelos
 
Ana Sofia, Engenheira
Muito bem: na profissão!
Nani real é bombeira
Com quartel no coração
 
Horácio Ferreira Rosa
Empresário com talento
E coragem vigorosa
Que é maior argumento
 
Boas vindas ao Artur
Na nova agremiação
E só lhe digo, tout court,
Dou-lhe a minha gratidão
  
Viva! O Dr. Agostinho
Nas contas, um campeão
Também lhe rogo, baixinho,
Coleccione paixão!
 
O Dr. Fernando Jorge
Meu amigo, lutador
Traz sempre no seu alforge
Insígnias de ganhador
 
Dra. Fátima amiga
Aqui lhe deixo um antúrio
Junte lá um machadinho
Ao caduceu do Mercúrio
 
Uma alma de eleição
Rui, é também muito humano
Tem tan ancho corazón
Como el sombrero mexicano
 
Trânsfuga, tal como eu
Com carreira diplomática
Susana, p’ró que te deu!
Preferiste a informática
 
Uma palavra de apreço
Merece a Gi, neste instante
O que me aturou, agradeço,
À filha do comandante
 
Cristina, tão dedicada
Ao trabalho e ao futuro
Carinhosa e educada
Felicidades lhe auguro
 
Dr. Souto, fleumático
Oficial general
Estratega e muito táctico
Tem coração, afinal!
 
Firmino, vice-comandante
Nós temos muito em comum
Pragmático militante
Bombeiro como nenhum
Publicado por ANTONIO JORGE
em 20/01/2010 às 08h39
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04/12/2009 14h35
A andorinha que perdeu o bando

Quando as andorinhas chilreiam à procura do beiral costumeiro levam sempre, nos seus corações, uma palpitação de ansiedade pelo imprevisto.

Há sempre a hipótese de encontrarem diferente o velho lar.

Mas sempre rumarão, esses alegres e vibrantes bandos, a paragens mais amenas, a climas mais quentes.

Eu sou, neste instante da ruidosa migração, a andorinha que perdeu o bando.

É imperioso, fatal, que as aves que chilreiam continuem a esvoaçar, sem o menor alvoroço pela ave tresmalhada.

O colectivo, coeso, é mais urgente que o indivíduo.
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em 04/12/2009 às 14h35
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27/11/2009 09h41
Edificado em areia e construído no vácuo.
Se eu pudesse ser o Super-Homem, por uma hora, faria a Terra rodar no sentido contrário e que os ponteiros do relógio andassem para trás até ao instante em que eu postei o comentário e o que aconteceu deixasse de ter acontecido.
Como no filme.
Eu acredito em milagres.
A sua bondade é a única força que me pode dar esses poderes.
Peço perdão.
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em 27/11/2009 às 09h41
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18/11/2009 10h51
Onde dança João, bento canta
É estranho que, neste dia soalheiro de ”Verão de S. Martinho” tardio, Santo Tirso ande cinzento.

Está todo em tons neutros.

Até o rio Ave, para não destoar, sugere uma folha de prata, “ton sur ton”.

Parece, mesmo, que o Chefe de Estado – hoje, Estaca de Estado – veio viver nesta terrinha! Com a sua Casa Militar de farda cinza e a sua Casa Civil de fato cinza escuro e gravata caqui.

Todos os jardins e monumentos estão sem brilho, cobertos pelo pó dos tempos. A patine, que foi surgindo nos interstícios dos seres humanos, transformou-se em lodo adubado pelo excremento dos pássaros da iliteracia.

 Santo Tirso – quem diria? – já foi berço natural de júbilos, dos divertimentos, das galanterias inconstantes e dos vícios amáveis e finos.
Publicado por ANTONIO JORGE
em 18/11/2009 às 10h51
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10/11/2009 15h43
Nota de rodaPÃO
FEIRA DO PÃO
 
  
V e m    d a   v i d a   d o   M o s t e i r o
U m a   t r a d i ç ã o   t i r s e n s e :
M o e r   t r i g o   d o   c e l e i r o
N a   p e d r a   q u e   t u d o   v e n c e
 
N o s s a   h i s t ó r i a   t e m   v a i d a d e s
L i g a d a s   a o   p ã o   d e   m e s a
O s   t r e z e   f o r n o s   d o s   f r a d e s
C r i a r a m - n a s   c o m   c e r t e z a
 
N ã o   h á   n i n g u é m   q u e   r e s i s t a
A o   p ã o   d e   b r o a   d a   P i t a
A t é   f i c a   m o d e r n i s t a
N a   m e s a   o u   e m   q u a l q u e r   m a r m i t a.
 
E   a   r o s c a   d o   M o u q u i n h o
D o u r a d a ,   f o f a ,   c r o c a n t e ,
L e v a   n a   c r o s t a   u m   p e i x i n h o
E   u m a   s i l v a   r o m p a n t e.
 
M a i s   f a m o s o s   d o   q u e   t u d o
O s   b i s c o i t o s   d a   M e i r e l e s
S ã o   o   r e g a l o   a   m i ú d o
D o   O r g a l   a t é   a o   T e l e s
 
C h e g o u   d e p o i s   a   p r e c e i t o
P a d a r i a   V a l o n g u e n s e
T r o u x e   a   f a m a   e   o   p r o v e i t o
P a r a   e s t e   m e i o   t i r s e n s e
 
A l v o ,   a l v i n h o ,   a l v ã o  
P ã o   q u e   i a   p a r a   o   l a r
C  h a m a v a m - l h e   c o m   r a z ã o  
P a d a r i a   M o d e l a r
 
P a d a r i a   d e   S .   B e n t o
A   u r z e   e m   c a r r o s   d e   b o i s
O   f o r n o   a r d e n d o   p o r   d e n t r o
S o r a   A n i n h a s   p o r   q u e m   s o i s ?
  
A t é   f a l a m   f r a n c i ú 
O s   p ã e z i n h o s   d e s t a   t e r r a
N a   p a d a r i a   B i j o u
Q u e m   n ã o   f a l a   é   q u e   n ã o   e r r a
 
H á   a i n d a   d u a s   r o s a s
S e   a   m e m ó r i a   m e   n ã o   f a l h a
“ B i s c o u t e i r a s ”    s ã o   f a m o s a s
C o m   a   m a s s a   n a   f o r n a l h a 
 
O u t r a   f l o r   d a s   p a d a r i a s
T e m   n o m e   p o u c o   v u l g a r
S ã o   a s   “ M o r t e ” .   B i z a r r i a s ,
P o i s   d ã o   v i d a   a o   n o s s o   l a r .
 
E   f o i   « P r i n c e s a   d o   A v e »
D e s t a   t e r r a   t ã o   r a i n h a
A s s e i o ,   l i m p o ,   h i g i é n i c o
O   p ã o   d a   d i t a   f a r i n h a .
 
N a s   o u t r a s   t e r r a s ,   d i z i a m 
O s   b a i r r i s t a s   c á   d o   b u r g o ,
S a n t o   H o n o r a t o ,   n ã o   v i a m
A   b ê n ç ã o   d o   t a u m a t u r g o
 
S o b r a - l h e s   á g u a   n o   p ã o
E   f a r e l o   n e m   s e   f a l a
F a r i n h a   t e m - n a   d e   m e n o s
E   p o r   c i m a   m u i t o  r a l a   
 
António Jorge
 
S. Tirso, Setembro 2009
Feira do Pão de Dezembro da Escola Secundária D. Dinis
www.orgalribeiro.net
 
Publicado por ANTONIO JORGE
em 10/11/2009 às 15h43
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