A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Meu Diário
23/09/2010 13h21
Camiliana
Camiliana
(esta BIBLIOGRAFIA encontra-se em construção aqui no Recanto das Letras)
 
(Construção da Bibliografia do trabalho «Camilo – Terras de Passagem I»)
 
A - Bibliografia (obras pertencentes ao autor)
 
1. Bibliografia
a. Activa (Camiliana)
Coração, Cabeça e Estômago. Parceria A. M. Pereira, Lda. Lisboa. 1967. 
Serões de São Miguel de Ceide. Lello & Irmão. Porto. 1980. 
A Brasileira de Prazins. Lello & Irmão. Porto.
Mistérios de Fafe. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1969.
Doze Casamentos Felizes. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1969.
Teatro: Patologia do Casamento, O Morgado de Fafe em Lisboa, O Condenado. Parceria A. M. Pereira. Lisboa.
Teatro: O Lubis-Homem, A Morgadinha de Val-d'Amores. Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1908.
Doze Casamentos Felizes. Parceria A. M. Pereira, Lisboa. 1969.
Mistérios de Fafe. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1969.
Vinte Horas de Liteira. Companhia Editora de Publicações Ilustradas. Lisboa.
Memórias do Cárcere. Parceria A. M. Pereira. Lisboa.
A Caveira da Mártir. Editorial Domingos Barreira. Porto.
Agulha em Palheiro. Parceria A. M. Pereira, Lda. Lisboa. 1966.
A Última Vitória de um Conquistador e outros Textos. Editorial Inova. Porto
Perfil do Marquês do Pombal. Porto Editora, Lda. Porto.
Anátema. Publicações Europa-América. 
A Freira no Subterrâneo. Lello & Irmão Editores. Porto.
O Carrasco de Vítor Hugo José Alves. Lello & Irmão Editores. Porto.
Eusébio Macário. Lello & Irmão Editores. Porto. 1972.
A Corja. Lello & Irmão Editores. Porto.
Mistérios de Lisboa. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1969.
Esboços de Apreciações Literárias. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1969.
O que Fazem Mulheres. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1967.
Horas de Paz - Escritos Religiosos. Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1903.
O Santo da Montanha. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1972. 
Lágrimas Abençoadas. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1973.
Delitos da Mocidade. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1973.
A Doida do Candal. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1971.
Cousas Leves e Pesadas. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1971.
Um Livro. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1968.
Estrelas Propícias. Edição Popular.
Amor de Perdição. Verbo.
A Filha do Doutor Negro.

b. Secundária (Recolhas)
Pinto, Silva. Cartas de Camillo Castello Branco. Empresa Literária Fluminense, Lda. Lisboa.
Páginas Quase Esquecidas. Recolhidas por Alexandre Cabral. Editorial Inova sarl. Porto.
Polémicas de Camilo Castelo Branco. Edição Integral. Volume I. Recolhidas por Alexandre Cabral. Livros Horizonte.
Cardoso, Nuno Catharino. Pensamentos de Camillo. Portugal-Brasil. Lisboa.
Piementel, Alberto. Santo Thyrso de Riba d'Ave. Club Thyrsense, Santo Tirso, 1902.
Escritos Diversos de Camilo Castelo Branco. Selecção de Alexandre Cabral. Livros Horizonte.
As Novelas de Camilo. Selecção de Alexandre Cabral. Livros Horizonte.
Gaume, Abbade J.. Resumo do Catecismo de Perseverança. Com uma Análise por Camilo Castelo Branco. Livraria Cruz Coutinho Editora. Porto. 1885.


2. Bibliografia Passiva
a. Historiografia Literária, Teoria, Ensaio, Crítica e Metodologia
Cabral, António. Camillo de Perfil. Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. 1914.
Bessa-Luís, Agustina. Camilo Génio e Figura. Editorial Notícias. Porto. 
Correia, João de Araújo. Uma Sombra Picada das Bexigas. Editorial Inova, sarl. Porto 
Cabral, Alexandre. A Via Dolorosa 1859-1860. Livros Horizonte.
Chorão, João Bigotte. Camilo - A Obra e o Homem. Arcádia.  
Marques, Gentil. Camilo - O Romance da sua Vida e da sua Obra. Edição Romano Torres. Lisboa.
 
b. História, Sociologia e Antropologia
Lemos, Maximiano. Camilo e os Médicos. Editorial Inova. Porto. 1974
Gracias, Bernardino. Camilo, Suicida. Tip. da E.N.P. Lisboa. 1965.
Pimentel, Alberto. O Romance do Romancista. Parceria A. M. Pereira. Lisboa. 1974.
Pimentel, Alberto. Os Amores de Camilo. Livraria Editora Guimarães & C.a. Lisboa.
Jorge, Ricardo. Camilo Castelo Branco. Instituto de Alta Cultura. Lisboa.
Memórias de Camilo. Catálogo da Exposição. Biblioteca Municipal do Porto. Porto. 1990.
Catálogo do Museu Camiliano de San-Miguel-de-Seide. Tip. Minerva. Famalicão. 1924.
Pimentel, Alberto. Guia do Viajante Nos Caminhos de Ferro do Norte em Portugal. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto. 1876.
Pimentel, Alberto. A Musa das Revoluções. Viuva Bertrand & C.a Sucessores Carvalho & C.a. Lisboa. 1885.  


c. 
Dicionários, Enciclopédias, Gramáticas e Revistas
Cordeiro, Jayme Frederico. Dicionário de Equitação. Typ. e Lit. de Adolpho Modesto &. C.ª. Lisboa. 1885.
Frazão, A. C. Amaral. Novo Dicionário Corográfico de Portugal. Editorial Domingos Barreira. Porto. 1981.
Monteverde, Emilio Achilles. Manual Encyclopedico. Imprensa Nacional. Lisboa. 1861.
 
B - Bibliografia (obras consultadas)
 
Publicado por ANTONIO JORGE
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27/08/2010 08h59
Simone
25 de Agosto de 1952
25 de Agosto de 2010

In the dark I can feel the morning coming.
I’m a fisherman, now, and you are my half flying fish half Mermaid, Simone, my principal friend on the ocean of live.
The hissing of your wings soars away the darkness.
Thanks a lot!
Publicado por ANTONIO JORGE
em 27/08/2010 às 08h59
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25/06/2010 13h22
Zeferino Moreira Coelho
 
Zeferino Moreira Coelho, «O Fiandeiro» e as greves de 1910
 
Estão fulos como corças
Esses burgueses danados
Por verem os esfomeados
Reunirem suas forças
 
    As grandes fábricas têxteis «Fiação e Tecidos de Santo Tirso» e «Fiação, Tecidos e Tinturaria de Riba d’Ave» – por cá chamada fábrica de Sant’Ana – foram fundadas em 1896, ano das bodas de ouro da «Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela». 
    Há cem anos estas fábricas, no seu conjunto, empregavam cerca de quatro mil e quinhentos operários.
    Os trabalhadores destas empresas, que não dispunham de segurança social pelas razões já indicadas em anterior crónica (21-5-2010), trabalhavam em condições sub-humanas e, até, anacrónicas.
    Curiosamente, a instalação da «caixa» numa empresa era uma ameaça para as associações operárias. Com efeito, começando os operários a descontar para uma instituição mutualista, deixavam de pagar as quotas ao “sindicato”.
    De Maio a Julho de 1910, o vale do Ave foi sacudido por um amplo movimento de greves e comícios, que paralisou treze das mais importantes unidades produtivas.
    Sinteticamente, pode escrever-se que as queixas dos dirigentes da luta operária tinham um alvo – os quadros superiores das fábricas – e pretendiam colocar em causa a severidade disciplinar com castigos corporais, os obstáculos levantados ao associativismo e à acção operária, as ilegalidades cometidas na organização do trabalho, nomeadamente quanto a horários e emprego de crianças e mulheres.
    Num primeiro comício da classe mecânica, realizado em Maio em S. Miguel das Aves, na Tojela, com pouca afluência de operários, foi recordado que a Fábrica de Santo Tirso trabalhava em dois turnos: um das seis da manhã às oito da noite, e outro das oito da noite às seis da manhã, sendo o trabalho nocturno remunerado ao mesmo preço do trabalho diurno.
    – Consta que em Santo Tirso o regime de trabalho é idêntico ao que se vivia sob o imperador Diocleciano, ou sob Wang Mang! – ironizou o Santeiro, da fábrica de Rio Vizela. Mas na “roça de Negrelos” trabalha-se das cinco da manhã às seis e meia da tarde e os operários da noite ganham menos que os de dia!
    – Nem mais – confirmou o Ratto, passando a comentar as pojeias de tostões que os servidos ratinhavam: – os de dia ganham mil e quinhentos reis à quinzena, enquanto os da noite ganham 500, 800 e, no máximo mil reis!
    Obviamente, a exiguidade das remunerações também foi tema deste comício avense. Uma dúzia de ovos custava, no mercado semanal, 140 reis. Mil reis dava para comprar pouco mais de 7 dúzias de ovos, que hoje custam 21 euros. Um grama de ouro valia, em 1910, 565 reis. Não andará muito errado quem disser que, há cem anos, um operário fabril auferia entre 20 e 65 euros por mês... trabalhando 70 horas por semana! Atendendo à desvalorização actual do euro face ao ouro, poderíamos, até, cotar a mão-de-obra de 1910 no dobro destes valores, o que continuava a ser irrisório, situando-se, no máximo, em 25 contos mensais... um maço de cigarros por dia!
    Repentinamente, a Barbearia Adães, na Rua Sousa Trepa, saltou para ribalta: ali se vendia o jornal associativo “O Fiandeiro”, fundado no Porto em 1897 sob a responsabilidade do editor Manuel Gomes da Silva. Por ironia, nem sequer se lia, neste mestre “Fígaro”, o jornal «Duas Palavras» que, em Maio de 1910, ia no nº 16, e se destinava a defender “O Barbeiro do Norte”!
    Dizia-se até, entre uma e outra escanhoadela:
    – O Fiandeiro mete mais medo que o cometa! – dito jocoso que envolvia o cometa Haley, estonteado pelas graças do planeta Terra. 
   
    Cabe aqui um parêntesis sobre o aparecimento de «O Fiandeiro». Trata-se do segundo mais antigo representante da imprensa operária em Portugal, secundando o «Jornal da Associação Fraternal dos Fabricantes de Tecidos e Artes Correlativas», estampado em 1858. Há um estudo que refere uma publicação de «O Fiandeiro» em 1891, mas esta informação não deve estar correcta, pois Artur Duarte Sousa Reis, amanuense da Biblioteca Pública Municipal do Porto desde 1882, editou um «Catálogo de Jornais do Porto», em 1896, não o mencionando.

   
    Em 25 de Novembro de 1908, as fábricas de Santo Tirso e de Negrelos tinham recebido a visita do monarca, el-rei D. Manuel II, e a fábrica do Rio Vizela contava, desde Agosto de 1909, com a preciosa ajuda da força motriz eléctrica, oriunda de um açude fundeado perto de Caniços.

    Em toda esta crise laboral, culminada em pleno surgimento do anarco-sindicalismo em Portugal, emergiu a figura de uma individualidade e de “uma associação socialista do Porto”, como timidamente referiam, em Santo Tirso, Trepas e Lemos.
    A «Semana Tirsense», há cem anos, sublinha: “há muito que se vinha fermentando a indignação em certos espíritos, num jornal intitulado «Fiandeiro», que se publica quinzenalmente no Porto, da propriedade de alguns empregados da fábrica de Negrelos, que haviam sido expulsos”. E ao segundo comício avense refere que “assistiram, como oradores, vários membros de uma associação socialista do Porto.”
    A imprensa tirsense viu sempre estes movimentos sociais como desarranjos nos intestinos dos diversos estabelecimentos industriais e, sobretudo, dos seus directores. Não teve grande preocupação com as condições de trabalho e os atropelos ao decreto de 14 de Abril de 1891. A uma inquirição feita em Santo Tirso, um artesão respondeu:   
    – A minha filha, quando entrou para a fábrica, ainda lhe faltavam uns mesicos…” (para os 12 anos). Ainda que não tenham idade, a gente arranja com o sr. abade!
    A necessidade e a miséria anestesiavam a fama do famoso chicote do fiscal Fumega!
 
    Em tempos de “alcoolismo, suicídio, esfalfamento físico, tuberculose e prostituição” sobressaiu um tirsense, nesta luta pelo direito, pela razão e pela humanidade, com uma divisa única, a de lutar contra o estado de miséria crescente dos operários destes centros fabris. Zeferino Moreira Coelho. 
 
    Zeferino Moreira Coelho, menos contundente que outro tirsense da altura, Heliodoro Salgado, teve muita influência na luta pela implementação da legislação operária, grandemente postergada num meio de crescente predomínio de capatazes azevieiros dos “servidos”.
    Lido em Augustin Hamon, Faure e Merlino, percebeu que em nada favoreciam os trabalhadores e a sua luta, as instantes contendas ideológicas entre o socialismo e o sindicalismo. Acompanhou com interesse a luta académica de 1907, admirando Campos Lima e Pinto Quartim.
    Graças a ele, foram implantadas medidas de segurança em torno dos volantes, correias de transmissão e fossos; compreendeu que, com a utilização de certas práticas, poderiam evitar-se os constantes acidentes com lançadeiras que saltavam pelos ares; lutou para que, dos doze aos catorze anos, os menores não trabalhassem mais de seis horas por dia, e para que as mulheres apenas voltassem ao trabalho, ou fossem admitidas, volvidas quatro semanas após o parto.
    Pode dizer-se que saiu vitorioso de algumas batalhas, nomeadamente pelas associações operárias, salários melhores, contratos e regulamentação do trabalho.
    Mas uma delas não conseguiu levar avante: estava legislada a instalação, nos centros industriais mais importantes do país, de Tribunais de árbitros-avindores, para promover a conciliação ou a arbitragem em controvérsias entre patrões e empregados. Apenas se instalou um único destes tribunais, em Lisboa, em 18 de Maio de 1893.
    Em 1 de Abril de 1910, o jornal «O Fiandeiro» anuncia: Zeferino Coelho foi expulso da fábrica de Negrelos “pelo horrendo e nefando crime de escrever para este jornal”. Perante tal medida retaliatória, ele recebeu o apoio de uma manifestação de 400 operários. Alfredo da Silva Araújo, empregado superior da fábrica sexagenária, foi contrariado por funcionários que não quiseram assinar um protesto contra o jornal.
 
    Toda esta actividade jornalística, que incomodou os políticos, a intelectualidade e os grandes empresários do Vale do Ave, foi iniciada em Fevereiro de 1910 e teve o seu fastígio nos meses de Maio, Junho e Julho do mesmo ano, acompanhando o movimento grevista.
    Os operários revolucionários eram: Zeferino Moreira, Lino, Guimarães, Santeiro, Couto, Artur, a Luzia, o Monteiro, o Ratto, o Augusto, o Ramos, o Salgado, o Delfim, o Carambola e o Xina.
    Todos eles achavam o conde de Vizela um homem bom, propalando:
    – S. Ex.ª não tem conhecimento de muitas ocorrências que ali se dão!
 
    Expulso da fábrica do Rio Vizela, Zeferino Coelho foi acompanhado por Adelino Martins Pinheiro, David António da Silva Moreira e João da Silva Guedes, alegadamente por promoverem uma subscrição a favor do jornalista. O David era proprietário de um estabelecimento de mercearia e fazendas, em Rebordões, onde era vendido o «Fiandeiro»
    Zeferino Moreira Coelho propôs-se publicar uma “Novela da Vida Operária” intitulada “Os Mártires do Trabalho”, anunciada como interessante e emocionante; intitulou artigos jornalísticos “Fala um Perseguido”, e escreveu uma “carta aberta ao conde de Vizela”.
    O «Fiandeiro», que fora editado na rua da Cancela Velha e composto na rua do Almada, na cooperativa «Casa do Povo Portuense», termina a sua publicação em 1915, sendo seu director Aurélio Pinto da Fonseca. 
 
    Da biografia de Zeferino Coelho, que belamente empunhou o esmerilhão da pena, consta também, a sua eleição, em 14 de Agosto de 1910, para presidente da filial de Burgães da Associação de Operários Fiandeiros; em 5 de Junho do mesmo ano passa a ser o Director-responsável do jornal «Fiandeiro». Foi também jornalista de «O Primeiro de Janeiro», onde noticiou, como correspondente, os mais importantes factos da história tirsense, até 1939. 
    
    Cabe aqui um agradecimento à Senhora Governadora Civil do Porto, Dra. Isabel Santos, bisneta de Zeferino Moreira Coelho, a quem se deve valiosa informação sobre este vulto tirsense da República e dos Direitos Humanos.   
 
 
Publicado por ANTONIO JORGE
em 25/06/2010 às 13h22
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30/04/2010 10h57
Tabu ou Tatoo?
(isto que escrevo não é cinismo, é IRONIA!)

Escrevo para os “verdadeiros democratas” que se insurgem contra o feriado de 13 de Maio.
Sobretudo para os patriotas que choram os milhões de euros de prejuízo que este feriado trará à débil economia portuguesa.
(Por acaso – ou por obra divina – neste ano de 2010, os feriados de 25 de Abril e de 1º de Maio são ao domingo e ao sábado.)
Nota: Este feriado destina-se a proporcionar aos portugueses assistirem às cerimónias da visita a Portugal do Papa Bento XVI.
 
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
                         (Fernando Pessoa)

 
Ó Papa Bento, quanto de teus passos
São euros de Portugal!
Por te assistirmos, quantos doentes morreram,
Quantos réus em vão se condenaram!
Quantos impostos ficaram por cobrar
Para que fosses nosso, ó Papa!...
 
E os puristas? Quem lhes baixa as cristas?
Se fugiriam covardes se outro papa
De outra religião, bem mais fanática
Aportasse a este país e renegasse
A nossa matriz que é fé católica
Apostólica, romana, sinodática!
 
 
Exorto, até, aqueles 25.000 jovens que, gozando do "antidemocrático" feriado, vão distribuir preservativos nas missas papais, a fazerem o mesmo à porta das mesquitas.
 
 
Publicado por ANTONIO JORGE
em 30/04/2010 às 10h57
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16/04/2010 05h47
Cá como lá, a mesma cega-rega...
(a um Juiz do Baixo-Vouga)
 
Que bela zaragalhada!
Chamou-lhe um Figo, e agora
Quer fechar à martelada
O caixotão de Pandora.
 
Publicado por ANTONIO JORGE
em 16/04/2010 às 05h47
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