A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Meu Diário
28/03/2010 10h40
PEC


O pobre, como uma fera, recolhe silenciosamente ao seu covil.


Publicado por ANTONIO JORGE
em 28/03/2010 às 10h40
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21/03/2010 15h42
HUMOR COM HUMOR SE PAGA

De 20 de Março a 23 de Abril

SANTO TIRSO

A POESIA ESTÁ NA RUA

HUMOR COM HUMOR SE PAGA
Publicado por ANTONIO JORGE
em 21/03/2010 às 15h42
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03/03/2010 07h26
Do ruge ruge se fazem os cascavéis
Os homens livres são marginais.

Martin Heidegger, amado pela judia Hannah Arendt, foi odiado e perseguido pelos nazis e pelos aliados. Ficou, pois, na margem.

Eu, que não gosto da figura histórica dos jesuítas pois tudo nela é antipático, também não gosto da petulância da esquerda que desdoura Richard Wagner por este imenso compositor ter suscitado a admiração de figuras primeiras do III Reich, como Goebbels e Hitler.
Wagner compôs mais de cem grandes obras musicais e foi poeta e jovem revolucionário.
Tannhaüser, Lohengrin, O Anel de Nibelungo, A Valquíria, Crepúsculo dos Deuses, Tristão e Isolda, Os Mestres Cantores de Nuremberga, Persifal…

Os homens livres são marginais.

A propósito do centenário da República – fasto que Portugal nem sequer comercialmente aproveita – nascem como cogumelos as figuras republicanas, desde corneteiros a coronéis, desde poetas a parlamentares, desde juristas a pedagogos. De repente, tudo o que é medíocre se aproveitou da alquimia política do 5 de Outubro para transformar o pó volátil das ideias liberais em ministerialismo. Subitamente, os futuros fautores da Fátima de 17, apareceram a negar a religião e a cruz.

Havia até um comerciante provinciano que “ensaiava repúblicas com os caixeiros, pedindo cabeças de reis, a uns pobres parvajolas que suspiravam apenas por cabeças de gorazes”.

Uma figura que ficou à margem foi José Ribeiro Cataluna.
Viveu num período de poetas, mas a ele não se lhe dava que as cristalinas águas do Ave corressem para baixo ou para cima. Lutou, contudo, para que a princesa do Ave fosse a flor da Europa.
Serviu, com prejuízo pessoal mas com coragem e esperteza, o partido Regenerador e os seus sequazes locais.
Depois da implantação da República – contrariando as hostes republicanas concelhias, pejadas de «adesivos» – entendeu que “regenerador” não era equivalente a “republicano” e passou a ser um indefectível monárquico, fiel a um ideal que lhe trouxe muitos dissabores.
Inteligente, entendeu a marosca. Poderia ter-se feito sonso. Não quis.

Ficou, pois, na margem.

Martin Heidegger foi um homem livre. Autor do libelo que me condena.
Publicado por ANTONIO JORGE
em 03/03/2010 às 07h26
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01/03/2010 11h44
Lú Cruz
Diário, para mim, é isso.
Registo das nossas felicidades também.
A poetisa brasileira Lurdes Sousa-Cruz entendeu distinguir o pelitrapo das letras que eu acabei por ser - e não é por falsa modéstia que me auto-intitulo maltrapilho -  com uma homenagem.
Roguei-lhe que me autorizasse a publicar e a dedicar este texto a grandes poetas do Porto como Almeida Garrett, Eugénio de Andrade, Júlio Dinis, Sofia de Melo Breyner. 


Veiculado dia 13.02.2010 no recanto

Homenagem ao meu amigo poeta da cidade do Porto-Portugal

Além mar na cidade do Porto
No continente europeu
Vive um poeta escritor
De grande valia
Que virou um grande amigo meu
Sábio por si só
Descreve com magnífica beleza
Todos os assuntos que ele precisa
Desde um simples despertar de uma rosa
Até textos críticos sobre os governos corruptos
E seus governantes imorais que impõem
Seus devaneios na história de nós simples cidadãos normais
Suas habilidades com as palavras caro poeta
São simples e complexas quando precisam
São amorosas
Cheios de ternuras
Quando acariciam um belo texto
Sua voz não se deixa calar
Fala o que tem vontade
Mede as palavras para não machucar àqueles que amam
Faz amizade com tanta maestria
Que envolve seus leitores com alegria
Meu novo amigo escritor e poeta
Estou aqui para falar bem de te
Pois as pessoas boas que entram na vida da gente
Desta forma tão de repente
Devem continuar de mãos dadas conosco
Para uma caminhada divina de carinho
Amor e sabedoria
Pois amizade como esta é para a vida eterna
Obrigado amigo poeta
Tenho muito a te desejar
Que tua vida
Tuas obras
E tuas conversas
Continuem a me conquistar 
 
 
Beijos daquela que te admira
 
Manaus, 13.02.2010 às 12:14
Publicado por ANTONIO JORGE
em 01/03/2010 às 11h44
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07/02/2010 14h36
Coronel Baptista Coelho
Coloquei neste site e em e-livro uma biografia deste invulgar militar e homem de Estado tirsense, numa perspectiva relativamente singular: comparando-o a outro vulto também, de certa maneira, ligado a Santo Tirso, que foi D. António Barroso.

Por agora apenas registo a minha resposta a uma interpelação colocada por um leitor do «Jornal de Santo Thyrso» que me julgou, injustamente, no grupo desses detractores da pátria e de Portugal ou, melhor, da Pátria Portuguesa.


Eu sempre imaginei, receoso embora de me deixar embevecer pela glória de ser lido, os meus respeitáveis críticos, de vibrante dedo em riste, clamando: – Tu não me desmintas, seu palerma! – como António Silva no «Pátio das Cantigas».

Li, numa acta camarária tirsense de 15 de Abril de 1889, que a antiga rua Faria Guimarães entroncava com a rua Nova (rua de Vilalva, um dos limites da Quinta da Lante), e fui logo corrigido por um eminente contemporâneo (da rua) que a repeliu, a piparote, para o sentido oposto. Calei-me, apesar de comigo estar ainda Carlos Santarém (Apontamentos de História Local, cap. XXXIV), aceitando que as ruas das pequenas vilas são seres vivos que rastejam de quando em vez, como lhes compete.


Por eu considerar, em crónica avense, “mancomunados” Camilo e Silva Mendes na crítica aos tirsenses, apontaram-me o indicador de polegar engatilhado, avaliando que o adjectivo só poderia ser entendido em sentido literal, e ninguém presenciara o génio de Ceide, aos 78 anos, de mão dada com o jovem Manuel, então com 18, à porta do café do Gato. Não argui, pois quem não compreende aquela asserção também não compreenderá que se continue a aliar serrote e tirsenses, maugrado há muito não serem surpreendidos ao soalheiro catando, simultaneamente, os próprios piolhos e as vidas alheias.


Não esgrimi sobre os limites das Quintas da Trofa e do Montinho, sobre o padre Palmeiró, a “telha” do senhor Moreda, o «Flores do Ave», e outros reparos mais.


Este propósito – de não argumentar sobre assuntos tirsenses com quem os conhece muito mais profundamente que este restaurador de fotografias que outros tiraram, humilde mas invulnerável às esporas – tem-me animado.


O ridículo, visto isso, é como o inferno. Quem lá caiu, ficou. E eu já me sinto a liquidar contas nas fogueiras eternas, sem a atenuante duns escapulários a que os novos missionários chamam “notas de rodapé”. 


Mesmo assim, cá vai, com a advertência de que a nota de rodapé, aqui içada a corpo de texto, nada tem a ver com aquele friso de madeira que remata os soalhos e que, na minha terra, se chama “soco”. Deus me livre!

 
A cronologia dos factos históricos atirou-me ao rosto com uma fatalidade: que culpa terei eu que há cem anos, isto é, em 1910, estivéssemos entre a inquisição, aparentemente extinta em 1821, e a primeira guerra mundial, travada entre 1914 e 1918? 
Pequei porque, deixando-me levar pelo braço amável e terno de José Cardoso Santarém, respiguei uma local de 17-2-1910, em que ele chamou capitão e Coelho ao Coronel Baptista Coelho. Habituei-me a venerar o grande director do nosso jornal, orgulhoso por lhe ter sucedido.
 
Eu, que não quero outra coisa na vida que não seja nome em praça, nunca fiz questão que me chamassem António, ou Jorge, ou Pereira, ou Ribeiro… Se a alguém interessa a minha preferência inclino-me para o tratamento de «Antônio» que me dão as leitoras e poetisas brasileiras, idealizando eu um sensual trejeito de beiços escarlates impelido por aquele chapéu circunflexo que tanta falta faz de anteparo ao candente sol das terras de Vera Cruz como à ortografia!

Colhi o termo “carnificina” em Camilo, “carnificina de além-mar”, in «Cousas Leves e Pesadas», pág. 57 da 3ª edição. Ao revocar Camilo, não encontrei melhor termo; só no desastre angolano de Vau Pembe, ocorrido em 1904, pereceram 250 militares! Posso, com mais propriedade “bellum e bello” e menos vernaculidade, citar Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto que registou, em «Como Atravessei África», pág. 16 da edição de Londres de 1881, “Os Luinas, depois dessa carnificina traiçoeira, aclamaram seu chefe Chipópa, homem de tino”.


Escreveu Eça de Queirós que Portugal, entre 1840 e o fim de século, recuperou dos 25 anos que andava atrasado de França. “(Hoje, anda apenas quinze dias, quando não adianta.)”, afirmou nas «Cartas de Paris», pág. 285.


Santo Tirso, há cem anos e na vanguarda com a Europa, digeria muito bem metáforas, pleonasmos e metonímias. Agora, eructa e revessa se tiver de ingerir uma ironia ao natural ou uma catacrese vegetariana.

Publicado por ANTONIO JORGE
em 07/02/2010 às 14h36
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