A. Jorge Ribeiro
Honra e proveito não cabem num saco
Textos
Obrigado, FLORINE!
Achei interessante os termos entre aspas, pois julguei serem de época, ou não? Apesar de não conhecer o cenário proposto, pude visualizar (imaginação) como era a cidade ou vila na época, mas quem vivenciou, com certeza se identificará.
Mas o que mais me prendeu, foram os títulos dos filmes (fitas) e seus personagens, pois a nomenclatura é distinta, apesar do idioma comum: Robin dos Bosques com certeza seria Robin Wood, mas o José do Telhado seria para nós o Zorro? Deve ser, devido ao Homem da Mascarilha. Joselito não sei quem é, mas Cantinflas eu conheço, meus pais falavam  muito dele e assisti alguns filmes, e Abbot e Costelo eu era apaixonada (ainda sou) pela série e pelos 'longas' em preto e branco, que passavam na 'Sessão da Tarde', a qual podia assistir depois de fazer meus deveres de escola.
Teu artigo me fez lembrar de minha infância, ao brincar com outras crianças. Tínhamos como vizinhos um casal com duas meninas e seis meninos. As meninas eram adolescentes, então me restava brincar com os meninos, ainda crianças. Como eu era a única menina, nas brincadeiras de mocinho e bandido, Flash Gordon, etc, eu era sempre a vítima nas mãos dos vilões e salva pelos mocinhos. Era uma frustração no fim da tarde, pois eu sempre queria ser uns dos personagens heróicos, mas eles nunca deixavam ... rsrsrs
Depois dos nove anos de idade, é que fui ser criança realmente, pois nos mudamos  para uma casa que ficava em uma rua longa e asfaltada, que terminava no portão principal do Cemitério. Eu e outras crianças da rua, pegávamos nossas bicicletas e descíamos aquela rua à toda ... passávamos pelo portão do Cemitério, desviávamos do Cruzeiro (era sempre descida) e continuávamos ...
Atrás do Cruzeiro era a ala pobre, ou seja, os túmulos sem lápides, apenas os montinhos de terra e uma cruz na ponta. Com a velocidade que vínhamos, fazíamos uma espécie de 'enduro' sobre estes túmulos (lembra do antigo Tobogã?). Pois é, que falta de respeito, não é mesmo? Mas na época, não fazíamos por mal. Lembro de uma vez, que encontramos uma lápide quebrada, e uma das meninas enfiou uma vareta lá dentro e puxou um rosário preto ... rsrsrs ... saímos correndo, gritando ...
Bom, querido, gostei muito do artigo, mas não sei como posso 'abrasileirar' como você disse ... apenas sei que crianças são crianças, não importa a região, e em todo lugar há 'Sra. Emília' e seus exageros, os apelidos, os heróis, etc ... e é isso que torna apaixonante teu artigo.
Mas vou adorar ler todos os artigos que escrever.
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 10/11/2010
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