A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Textos
Presentes de Lisboa

Põe teu batom

- Aquele mais encarnado -
Perfuma teus cabelos
Estrela-os de flores e pérolas
Vê como pombas amorosas volitam em torno das majestosas curvas do alvíssimo vestido!
 
Cerra no peito com a veemência da suprema ternura
O cravo vermelho que te colhi em Lisboa
 
E agora!
Não vês que estamos, finalmente, em Fátima?
Já turíbulos queimam incenso e o órgão toca
Visão celeste entre as neblinas de um devaneio
 
Rolam-te na face duas lágrimas que te iluminam os lábios
Casto enlevo!
 
Colhes, então, dos lábios húmidos,
Nas adoradas pontas de teus dedos trémulos,
Um beijo que me envias!
 
E eu, neste Recanto, ao sonho sobreponho o sonho.
 
(Os grandes regozijos querem-se saboreados em silêncio!)
 
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 05/02/2010
Alterado em 05/02/2010
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