A. Jorge Ribeiro
Honra e proveito não cabem num saco
Textos
OURO SELVAGEM


Recanto das Letras, sítio de poetas
O peito se abrindo
Espontâneo, infindo,
Fala, em Recanto, vozes de profetas

Audaz, despe o manto
Eriçando, pelado, o erotismo cutâneo
Fazendo durar o prazer momentâneo
Leva a pecar santo

Do peito ao umbigo, que lindo botão
Morena sambando
Não faz contrabando
Daquilo que, abaixo, nos lembra o sertão

As ancas, pequena
Derrama-se, o luar, por elas abaixo,
Ao vê-las o Sol te inveja, cabisbaixo
E falta à verbena

Sobre esguio pescoço a luz sobressalta
Duns olhos fagueiros
Sorrisos matreiros
Lúbricos os lábios que a paixão assalta

Ao ver tanto ouro
Se reviram as terras de Vera Cruz
A poesia, preciosa, de novo, reluz
Floresce um tesouro.
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 11/01/2010
Alterado em 14/01/2010
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