A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Textos
Morte súbita com amor envenenado

Hoje, à hora em que a Lua encontra o Fado  
Morri! O corpo é só ideograma.
E nunca em tão definitivo estado
Me encontrei. Coração preste derrama.
 
Vagueei, nu, quinze dias pelo passado
Fantasma, a contar pelos dedos fama
Sob a torrente inspiração pecado,
Fazendo este poema, trama a trama.
 
Nesta noite, em celestial programa,
Sussurras-me ao ouvido, e eu babado
Bebi tua harmonia em pentagrama
 
De teu sorriso aberto inebriado
E, maltratando a rima e o melodrama,
Considero-me provisoriamente envenenado!

ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 29/11/2009
Alterado em 29/11/2009
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