A. Jorge Ribeiro
Honra e proveito não cabem num saco
Textos
Palavras, leva-as o vento,
Era o mote a versejar;
Como estou num bom momento
Vou atirá-las ao mar.

Palavras, o vento as leva
Leva as minhas, leva as tuas
Mas na serra, quando as neva
Ficam cristas menos nuas.

O vento leva as palavras
No coração fica o sangue
Na alma vergões tu lavras
Pois falo com bumerangue.

Quando regressam, as tolas!
Umas voltam demolhadas
Outras fazem carambolas
Outras chegam em jangadas!

E é este pensamento
Das palavras tresloucadas
E tão aéreas que o vento
Faz com elas cavalhadas.
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 17/11/2009
Alterado em 17/11/2009
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