A. Jorge Ribeiro
Honra e proveito não cabem num saco
Textos
Vivo num país que quer que os poemas sejam todos escritos em português.
 
Mandem-nos de Angola o 'Roque Santeiro', de Timor a madame Gusmão, de Cabo Verde uma 'morna', de Ipanema um 'apagão' e uma minissaia!

Mas deixem-nos ler Literatura Angolana, poesia falada na mais pura Língua Brasileira, Fernando Pessoa traduzido em  humbundo, Machado de Assis traduzido em português, Pepetela falado em tétum!

Desfaçam o ACORDO ORTOGRÁFICO num pilão (yunduá), metam esse pó da unificação ortográfica num saco plástico bem forte, amarrem tudo com uma corda a uma pedra e deixem o engenho a descer calmamente nas águas profundas deste Atlântico que quase nos mata... de tédio!
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 15/11/2009
Alterado em 15/11/2009
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