A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Textos
Ladainha

San Vinicius de Moraes, rogai por nós e pelas belas letras da lusofonia.

Para poetar no Brasil basta olhar a Natureza
Em Portugal, se a Natureza não for enfeitada com adjectivos e interjeições, sai chocha a quadra

No amado Brasil, basta escrever:

Sabiá nas flores de cangambá
Sagui a gemer nas franças do ipê
Falenas adejando na jeratacaca

Em Portugal, neste clima mediterrânico de azinho e rococó:

Florestas rumorosas em que o passarinho canta no repontar da manhã
Coaxar as rãs dos lagos e grasnar as pegas dos pinhais
Pipilar do pardal lascivo nas alvoradas de Abril

San Vinicius de Moraes, rogai por nós e pelas belas letras da lusofonia.

(Por hoje, mandei fechar a capoeira.)
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 10/11/2009
Alterado em 10/11/2009
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