A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Textos
Nem ética, nem estética, nem fado

A norma
A estanquicidade política da norma e
A derrota da paisagem…
Assobios lívidos, lípidos de lábios.
Natividade insolente melancólica
Em fim de Novembro, vertical.
Nada tem ternura, candura, alacridade.
Aparentemente!
A ti, minha filha, de 17 anos feitos
Candidata a dominar a pátria língua
Á míngua de palavras com um til
E de jeitos de poema em catarata.
Nesse recanto de Braga que não estimas
Incertezas, no entanto, as futuras
Esconjuras, em tomos também d’Eça.
E animas domésticas avarezas.
Não procures nestas linhas qualquer ritmo
Nem ética, nem estética, nem fado
Do lado que te escrevo é o coração
Rima, talvez, sem intenção estática.
 
Novembro, 1998

ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 26/10/2009
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