04/12/2009 14h35
A andorinha que perdeu o bando
Quando as andorinhas chilreiam à procura do beiral costumeiro levam sempre, nos seus corações, uma palpitação de ansiedade pelo imprevisto.
Há sempre a hipótese de encontrarem diferente o velho lar.
Mas sempre rumarão, esses alegres e vibrantes bandos, a paragens mais amenas, a climas mais quentes.
Eu sou, neste instante da ruidosa migração, a andorinha que perdeu o bando.
É imperioso, fatal, que as aves que chilreiam continuem a esvoaçar, sem o menor alvoroço pela ave tresmalhada.
O colectivo, coeso, é mais urgente que o indivíduo.
Publicado por ANTONIO JORGE
em 04/12/2009 às 14h35
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