A. Jorge Ribeiro
Um homem, quando adrega de apaixonar-se, ou mar ou terra.
Meu Diário
18/11/2009 10h51
Onde dança João, bento canta
É estranho que, neste dia soalheiro de ”Verão de S. Martinho” tardio, Santo Tirso ande cinzento.

Está todo em tons neutros.

Até o rio Ave, para não destoar, sugere uma folha de prata, “ton sur ton”.

Parece, mesmo, que o Chefe de Estado – hoje, Estaca de Estado – veio viver nesta terrinha! Com a sua Casa Militar de farda cinza e a sua Casa Civil de fato cinza escuro e gravata caqui.

Todos os jardins e monumentos estão sem brilho, cobertos pelo pó dos tempos. A patine, que foi surgindo nos interstícios dos seres humanos, transformou-se em lodo adubado pelo excremento dos pássaros da iliteracia.

 Santo Tirso – quem diria? – já foi berço natural de júbilos, dos divertimentos, das galanterias inconstantes e dos vícios amáveis e finos.
Publicado por ANTONIO JORGE
em 18/11/2009 às 10h51
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